Resenha do artigo:
de Albuquerque Maia et al. BMC Health Services Research (2024) 24:1466. https://doi.org/10.1186/s12913-024-11969-y
O câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) é uma das principais causas de mortalidade no Brasil, e a radioterapia desempenha um papel essencial no tratamento de casos inoperáveis. Duas técnicas principais, a radioterapia convencional (CRT) e a radioterapia ablativa estereotáxica (SABR), são amplamente utilizadas, porém diferem em termos de custo, número de sessões e impacto nos serviços de saúde.
O estudo teve como objetivo comparar os custos das técnicas CRT e SABR no tratamento de NSCLC em estágio inicial, utilizando o método de custeio baseado em atividades e tempo (TDABC). A pesquisa buscou identificar qual técnica apresenta menor custo no contexto do sistema público de saúde no Brasil.
A pesquisa foi realizada em um hospital público especializado em câncer em São Paulo, analisando sete macroprocessos relacionados ao tratamento radioterápico. Os custos foram calculados com base no tempo e recursos utilizados para cada técnica, considerando etapas como planejamento, simulação e sessões de tratamento.
Os resultados mostraram que a SABR é mais econômica, com custos variando de $2,777.25 a $3,797.49, enquanto a CRT apresenta valores de $5,562.65 a $6,052.94. Além disso, a SABR requer menos sessões, permitindo tratar um maior número de pacientes em menos tempo, com redução de custos operacionais e uso mais eficiente dos recursos.
A adoção da SABR no sistema público de saúde pode ampliar o acesso ao tratamento para pacientes com NSCLC, reduzir a sobrecarga nos serviços de radioterapia e otimizar o uso de equipamentos e profissionais qualificados. Além disso, ao promover uma técnica mais eficiente e econômica, a SABR contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde e melhora os desfechos clínicos da população.
Elaborada por |
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Fernando Henrique de Albuquerque Maia Karina Gondim Moutinho da Conceição Vasconcelos Heloisa de Andrade Carvalho Patrícia Coelho de Soárez |
Data da Resenha |
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24/01/2025 |
Eixo Temático |
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Outras Doenças Não-Transmissíveis |
Eixo Metodológico |
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Análises Econômicas |